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"Não sou político. Sou principalmente um individualista. Creio na liberdade, nisto se resume a minha política." Charles Spenser Chaplin

"Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade". George Orwell

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

GOSTAR DO QUE FAZ! Luiz Waldomiro Miranda

Por Noemia Leles de Freitas

Luiz Waldomiro Miranda

Nasceu em Cambará-Pra, no dia 24 de Março de 1937, veio para Rolândia, em Outubro de 1942.

Lembro bem, tinha apenas 5 anos. Meu pai comprou um sítio aqui de dois alqueires, e formou uma grande lavoura de café.

Faço parte de uma das famílias, de pioneiros, que vinham em busca de uma vida melhor. Meu pai veio primeiro, depois voltou para buscar a família.A propriedade que ele comprou era pequena, e a família era grande.Ele arrendou uma outra área, e nessa trabalhamos de empreiteiros por 6 anos.Tudo o que plantávamos era nosso. Depois entregamos a propriedade para o dono e ficamos só com o sítio.

Quando chegamos, primeiro derrubamos o mato, em nosso sítio fizemos uma casa com a parede de palmito, os vedas eram tapados com uma mistura de barro e estrume de gado, para não entrar insetos. O telhado era de tabuinhas de madeiras própria da região.

Moramos nessa casa 5 anos. Depois, meu pai fez uma casa de madeira com mais segurança.Essa de madeiras da nossa região. Madeiras leves Cajarana, cedro, madeiras de Lei, que hoje são de preservação Ambiental.

Era um trabalho pesado, carreguei muitas sacas de café, de 210, litros, café cereja, colhido no dia. Sacas pesadas, e nos levávamos nas costas até o carreador, para depois ir para secar no terreirão.

Eu, era um dos mais velhos dos irmãos.Quando minhas irmãs e meu irmão casaram a responsabilidade ficou para mim. Morando no sítio, nossa infância era as brincadeiras de sempre.Vida de sítio.
Me 1947 estudei em uma Escola Isolada do Km, 5, por um ano. Meu pai fazia farinha de milho. Os médicos e advogados da região sempre iam lá em busca da gostosa farinha que ele fabricava.

Um dia, um deles disse: Vou levar você para trabalhar na cidade.Foi o que aconteceu. O Dr. Murilo Bassos Pacheco, que comprava nossa gostosa farinha, me apresentou para o contador e fiz o teste, e eles disseram:

Você foi bem, mas precisa estudar. Mesmo assim, já comecei a trabalhar. Já trabalhando, iniciei um curso de Alfabetização.Agradeço muito as pessoas que me ajudaram. Minhas professoras e professores.

A Srª Geralda Chaves, a dona Maria Teixeira A Srª Martinha da família do Sr. Juvenal e Jandira Fiala. Depois estudei com Cilas Neves e o Sr. Waldomiro Ferreira de Paiva, que hoje é meu cunhado.

Comecei a trabalhar no Banco America do Sul. Trabalhava e estudava ao mesmo tempo. Mesmo morando no sítio, vinha todos os dias, de bicicleta. Trabalhei nesse Banco 12 anos.Levantava cedo e pegava minha bicicleta e vinha pela estrada.

Saia do Banco e já ia estudar, só voltava bem a noite, eu guardo até hoje esta bicicleta, que é minha relíquia. Foi assim de 1957, a 1959.Depois meu pai vendeu o sítio e mudamos para a cidade, de Rolândia onde criei minhas Raízes, e estou até hoje.
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No dia do casamento de minha sobrinha, eu conheci a minha esposa. Ela morava em São Paulo, e nosso namoro foi por correspondência.Namoramos de 1959 a 1961, e eu, fui a São Paulo vê-la só quatro vezes.

Casamos em 1961.Estamos casados há 52 anos. Sempre gostei de trabalhar. Meu primeiro trabalho foi no Banco América do Sul,12 anos.Sai e fiquei um parado um mês. Então montei uma Mercearia.Era logo ali, aqui mesmo na Avenida Castro Alves. Lá vendia de tudo, e cuidava de tudo sozinho.

Eu morava na Vila Operária e vinha a pé. Depois de bicicleta, e logo comprei um Fusca.Fiquei com a Mercearia por 23 anos.

Vendi a Mercearia, e no dia 07 de Maio de 1993.No mesmo dia, já estava com a Panificadora, e vim trabalhar aqui, e aqui estou até hoje.Aqui tem de tudo um pouco, fazemos o gostoso pãozinho, doces bolos.

Tem umas mezinhas para um lanche.Estou aqui há mais de 21 anos. Desde o início, tenho ajuda de meu filho Laudemir, que é meu braço direito.Uma secretária que ajuda nos serviços do escritório.

Tenho 14 funcionários ao todo.Quando tinha a mercearia trabalhava sozinho, e quando comprei a panificadora, contratei os funcionários. Alguns saem, depois voltam. É muita amizade e respeito.Não se faz nada sozinho.

Levanto cedo, parte da manhã, cuido dos serviços do escritório.Depois do almoço venho para cá atender meus fregueses. Gosto dessa vida.Sempre gostei do que faço.

Fico aqui na panificadora, por aqui passam muitas pessoas. Uma boa conversa, e sempre com atenção nem vejo o tempo passar. Sou filho de Antônio Olintho, e Maria das Dores Vianna.

Sou casado com Luiza Murari Miranda. Casamos no dia 27 de Julho, no Civil, e no dia 29 na Igreja.

Temos quatro filhos. Ligya, Laudemir, Leslie e Leidy. Aqui, eu Luiz, minha esposa Luiza, nossos filhos e nossos 6 netos, vivemos muito bem. “Não existe coisa melhor na vida, do que o momento”. O ontem não volta, o amanhã você ignora, o importante é agora.

Rolândia para mim é tudo. Aqui cresci, estudei, criei meus filhos, trabalhei e continuo sempre.Não posso parar.

Rolândia 09 de Dezembro de 2014.
Noemia Leles de Freitas.

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